Crítica | Vingadores: Guerra Infinita (Sem Spoilers)

Escrito por: Pedro Henrique Figueira

em 27 de abril de 2018

Foram 10 anos de filmes, tramas conectadas, batalhas intensas e muita diversão. O Universo Cinematográfico da Marvel mudou a indústria do cinema e entretenimento, criando uma geração de crianças, jovens e adultos que amam os longas e os personagens. As pessoas demonstram toda a sua paixão usando camisetas e acessórios quando vão ao cinema. A Marvel Studios criou algo novo e diferente. E tudo construído até agora nas telas, chega ao seu grande ápice – Vingadores: Guerra Infinita.

A maioria deve saber a história, mas vamos lá: todos os heróis do MCU se unem para combater seu inimigo mais poderoso, o maligno Thanos. Apresentado pela primeira vez em Os Vingadores (2012), o vilão tem uma missão: coletar todas as seis Jóias do Infinito, planejando usá-las para determinar sua vontade maléfica sobre a realidade.

Desde a primeira cena percebe-se que Guerra Infinita será uma experiência diferente de todos os filmes anteriores. Com uma fotografia escura, o público sente o tom sombrio e dramático que a história vai trazer. E quando o vilão entra em ação, todos entendem a gravidade da situação.

Thanos é um verdadeiro vilão de cinema. Imponente, grande e implacável, o personagem tem um CGI impressionante e que ajuda muito na construção do medo que ele causa nas pessoas. O Titã quer colocar o universo da maneira como acha melhor. E para isso fará de tudo e passará por cima de todos que estiverem na sua frente.

Apesar desse tom de fim do mundo, o humor característico da Marvel continua presente nesse filme, através dos personagens que naturalmente já eram engraçados. Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) continua brincando, mas logo entende que ele nunca encontrou alguém como Thanos e seus filhos. Algumas piadas realmente não funcionam e ficam sem timing, mas isso, de maneira alguma, estraga a experiência como um todo.

Com muitos heróis, o roteiro decide separá-los em grupos para facilitar o tempo de cada um em tela. Cada um possui seu próprio estilo e tom de diálogos – e isso é um grande acerto que nos ajuda a acompanhar a trama. Logo quando toca a música The Rubberband Man, do grupo Spinners, entende-se que estamos no universo dos Guardiões da Galáxia.

Aqui, existe um cuidado diferente no trabalho estético e nas relações entre esses heróis. Os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely souberam trabalhar a dinâmica de personagens que nunca se encontraram, tornando algo divertido e empolgante de se assistir – principalmente entre Thor (Chris Hemsworth) e Peter Quill (Chris Pratt) e entre Tony Stark e Doutor Estranho (Benedict Cumberbath).

Por ter tantos rostos, já era esperado que alguns não teriam tanto destaque e desenvolvimento. Mas o problema é que alguns são esquecidos em parte da trama e a explicação sobre o porquê de alguns não aparecerem é feita de forma desleixada e fraca. Sim, é a primeira parte de uma história que só terminará em Vingadores 4 (2019). Mas era preciso mais cuidado para não frustrar o espectador com questões que só serão resolvidas depois.

É preciso destacar os excelentes arcos dramáticos da Gamora (Zoe Saldana) e Thor. Eles tem os melhores desenvolvimentos na trama. Ambos tem histórias muito fortes, passando por questões difíceis antes e também nesse filme. As interpretações de Hemsworth e Saldana são incríveis. Hemsworth está mais introvertido e preocupado – bem diferente de Thor: Ragnarok – e Saldana traz uma Gamora muito mais emocional e complexa do que já tinha se visto.

Outra ótima sacada foram as explicações rápidas sobre detalhes do MCU, que estão relacionados aos filmes anteriores. Então, um espectador leigo/médio, que tenha perdido alguma coisa, é facilmente inserido dentro de todo o contexto que envolve Guerra Infinita.

batalha de Wakanda é intensa. Tudo nela gera um grande impacto no público. O ato final mexe com os sentimentos de todos que acompanham esses personagens há tanto tempo, fazendo com que todos aguardem ansiosamente pelo quarto filme. Será uma espera longa de 1 ano para conferir como essa surpreendente história termina.

Os Irmãos Russo prometeram e cumpriram: Vingadores: Guerra Infinita é dramático, intenso, divertido e emocionante. Os diretores entregaram mais um excelente filme. Mais do que isso: uma experiência única dos cinemas. Os próximos filmes da Marvel Studios prometem ainda mais.

P.S:
Sobre a cena pós-créditos: uma das melhores já feitas e prepara os fãs para Vingadores 4
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Crítica | Vingadores: Guerra Infinita (Sem Spoilers)
Vingadores: Guerra Infinita une todos os filmes do MCU de forma dramática, divertida e muito emocionante. Com um tom mais sombrio e sério, mas com o humor característico dos filmes da Marvel, ele se torna uma experiência única nos cinemas. Apesar das pequenas falhas, a história é bem construída. Destaque para Thanos – um ótimo vilão – e para as atuações de Zoe Saldana (Gamora) e Thor (Chris Hemsworth).
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