A franquia Invocação do Mal teve início em 2013 com James Wan e hoje já conta com vários filmes dentro de seu universo, incluindo prequels e spin-offs. Recentemente, chegou aos cinemas o terceiro longa da saga principal, onde acompanhamos o casal de investigadores paranormais Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga). Esta é a primeira vez que Wan não assume a direção do projeto, deixando o cargo para Michael Chaves, conhecido pelo fraco A Maldição da Chorona, de 2019. Mesmo assim, parece que o cineasta teve sua redenção, já que seu trabalho aqui é competente.
O terceiro longa da saga já começa com um caso clássico de exorcismo envolvendo uma criança. A sequência inicial, além de bem tensa, faz bom uso de efeitos práticos e visuais, chegando ainda a fazer homenagem ao clássico O Exorcista. Porém, em seguida percebemos que a proposta é ir além, tornando-se uma história de investigação criminal com elementos de paranormalidade.
Na trama, Arne Johnson (Ruairi O’Connor) é condenado no tribunal por ter assassinado uma pessoa enquanto estava possuído. Cabe aos Warren provar na justiça a existência de demônios para que o jovem seja inocentado. Portanto, Invocação do Mal 3 é um filme de investigação criminal. Durante a trama acompanhamos crimes que estão ligados à elementos sobrenaturais e vemos os protagonistas tentando encontrar alguma relação entre eles.
Mais uma vez, o casal Ed e Lorraine contam com muito carisma em cena, passando a sensação de que realmente são um casal que está junto há muitos anos. Aqui, vale mencionar as limitações de Ed por problemas de saúde, tornando as coisas mais difíceis do que o normal para o protagonista. Já Lorraine se destaca pelas suas habilidades sensitivas, que são uma das melhores coisas do projeto. Ainda sobre o elenco, Julian Hilliard e Ruairi O’Connor convencem nas sequências de possessão e nos momentos que pedem por mais carga dramática.
Como todo bom filme de terror, Invocação do Mal 3 conta com jumpscares funcionais, mas aqui há um elemento importante: o ponto alto não é o susto em si, e sim a expectativa de que algo vai acontecer, nos colocando na pele dos personagens.
O terceiro filme da franquia é muito competente em prender a atenção do espectador, o que funciona muito bem aliado à trama intrigante baseada em fatos reais – deixando tudo ainda mais legal. Os fãs de terror e da franquia devem ficar satisfeitos com esta produção, que consegue manter a essência da saga ao mesmo tempo em que adiciona novos elementos, diferenciando-se dos anteriores.