Crítica | Loki – 1ª Temporada

Escrito por: Gabriel Santos

em 15 de julho de 2021

Depois de ficarmos um ano inteiro sem novas produções do MCU, a Marvel Studios veio com tudo em 2021, apostando em vários projetos diferentes, tanto para os cinemas quanto no streaming. Enquanto vemos o universo se expandir de uma forma mais “pé no chão” com Viúva Negra e Falcão e o Soldado Invernal, também acompanhamos o surgimento do multiverso e de ameaças maiores com WandaVision e Loki.

Já estava na hora do Deus da Trapaça ganhar uma aventura solo. Mesmo que nem seja um herói da Marvel, ele sempre roubava a atenção nos filmes que participava e teve grande importância no MCU, sendo o responsável por reunir os Vingadores. Agora, acompanhamos uma versão alternativa do personagem que conseguiu roubar o Tesseract.

Grande parte do mérito do projeto fica para as atuações, principalmente pelo carisma de Tom Hiddleston, capaz de fazer o público se importar e torcer por um vilão. Aqui, a série se aprofunda em Loki, fazendo um estudo sobre o personagem, explorando suas motivações, inseguranças e apresentando uma redenção satisfatória. Ao longo dos episódios, é notável sua química com outros personagens, como Mobius (Owen Wilson) e Sylvie (Sophia Di Martino), trazendo discussões e questionamentos interessantes sobre livre-arbítrio e o funcionamento do tempo-espaço. Também vale destacar a presença de Richard E. Grant e Jonathan Majors, que roubam a cena quando aparecem.

Por mais que os episódios passem rápido e sempre avancem a trama, ainda fica a sensação de que há muita enrolação, principalmente porque a série precisa ficar se explicando a todo momento, pois são apresentados muitos conceitos inéditos. Infelizmente, isso reduz o tempo de tela de ideias muito boas, deixando a desejar na exploração das variantes de Loki, por exemplo, que fazem uma participação marcante, mas rápida.

Se está esperando por grandes sequências de ação ou lutas bem coreografadas, não é em Loki que você vai encontrar – o que já era esperado -, pois a maioria dos conflitos são resolvidos na lábia. Isso não significa que não temos momentos grandiosos, sempre acompanhados pela excelente trilha de Natalie Holt, incluindo variações da icônica música tema. Também não poderia deixar de mencionar o design de produção, com destaque para todo o conceito envolvendo a AVT.

Loki é o evento que realmente abre a porta para o multiverso no MCU (ou será que já podemos chamar de MCM?). Ela equivale ao primeiro vislumbre que tivemos de Thanos em Os Vingadores, preparando terreno para o que vinha a seguir. É ótimo saber que veremos mais dos personagens apresentados aqui na futura segunda temporada, pois ainda há muitos arcos em aberto e uma ameaça maior que o Titã Louco para ser detida.

Crítica | Loki – 1ª Temporada
A produção oficializa o multiverso no MCU, trazendo a redenção de Loki e apresentando novos personagens marcantes.
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