Crítica | Uma Aventura LEGO 2

Escrito por: Bruno Brum

em 07 de fevereiro de 2019

Há cinco anos, assistimos o que foi o início da nova franquia da WarnerUma Aventura LEGO. Agora, a tão esperada sequência chega aos cinemas, expandindo com maestria tudo aquilo que apareceu na história original e nos spin-off’s criados desde então.

Uma Aventura LEGO 2 faz tudo que uma continuação deve fazer, desde desenvolver a personalidade dos personagens como apresentar novas personas interessantes, principalmente os vilões. A trama também não deixa a desejar: ela foi pensada para todas as idades, ou seja, tanto crianças como adultos terão como se divertir. Outra característica que retorna com força são as referências à cultura pop, que vão desde músicas juvenis até Duro de Matar (o primeiro filme, para ser mais exato).

A história se passa cinco anos depois da conclusão da primeira aventura, com a chegada de invasores extraterrestres (as peças de LEGO DUPLO, voltadas para o público infantil). Esses alienígenas são atraídos por tudo que é incrível – desculpe o trocadilho – e começam a destruir tudo que veem pela frente. Por causa disso, os habitantes de Bricksburg são obrigados a viver em um ambiente desolado, ao melhor estilo Mad Max, para não chamar atenção. Infelizmente, até este plano falha e cabe a Emmet (dublado em inglês por Chris Pratt) salvar seus amigos e tornar o mundo incrível mais uma vez.

No entanto, essa é apenas uma parte da trama, já que a história também envolve os donos dos brinquedos, que aparecem em certos momentos para mostrar “a realidade por trás da história”. Essa sacada de ambiguidade, o que os bonecos e as pessoas veem, é muito bem feita, lembrando Toy Story em alguns momentos.

A qualidade da animação continua surpreendente e com um nível de detalhes ainda maior. Mesmo não sendo a primeira vez que vemos esse estilo – também usado em LEGO Batman: O Filme e LEGO Ninjago: O Filme – é em Uma Aventura LEGO 2 que ele brilha mais.

A mescla entre animação e stop motion está fantástica, presente até mesmo na poeira levantada no deserto. A atenção às marcas de dedo e arranhões nos bonecos, para dar a ideia de que eles estão sendo usados por pessoas de verdade, continua a impressionar.

As músicas performadas são agradáveis e um tanto repetitivas, mas isso é intencional. A maioria delas brinca com esse fato, sendo chamadas de “canções chiclete” pelos próprios personagens. Esse ar irônico com musicais permanece presente até o final do filme.

Uma Aventura LEGO 2 é tudo que uma sequência deve ser, mesmo escorregando em algumas de suas piadas. Com um humor leve e inteligente, personagens carismáticos e uma tonelada de referências, este é facilmente o filme mais incrível do mês.

Crítica | Uma Aventura LEGO 2
Uma Aventura LEGO 2 é tudo que uma sequência deve ser! Com uma história feita para todas as idades, ele expande seu universo e não perde a graça, além de continuar com seu festival de referências e músicas chiclete.
4

Compartilhe!